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Chefes ruins prejudicam o ambiente e os negócios das empresas

“Quero matar meu chefe”, em cartaz nos principais cinemas do país, mostra com humor a relação nem sempre harmoniosa entre chefias e subordinados

Fonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

As relações ruins entre chefes e subordinados podem aumentar a rotatividade e até afetar o lucro da organização, alerta a Robert Half, líder mundial em recrutamento especializado. Esses problemas, tratados com humor e de forma estereotipada no filme em cartaz “Quero matar meu chefe” (Horrible Bosses), na vida real, podem gerar implicações negativas para a auto-estima e o moral dos subordinados, com reflexos para toda a companhia.

Pesquisa da Robert Half com 2.525 executivos de 11 países revela o tamanho dessa insatisfação. Pressões desnecessárias (44%) e insatisfação com a capacidade de gestão (34%) são algumas das principais razões para aumentar o estresse no ambiente de trabalho, destaca o levantamento realizado em maio deste ano.

Os sinais mais óbvios da chamada “síndrome do péssimo chefe” são pessoas que gritam com suas equipes, creditam para si o trabalho realizado pelos outros e utilizam linguagem ofensiva no ambiente de trabalho. Apesar de se tratarem de sinais de falta de profissionalismo dos gestores, a Robert Half alerta que os erros mais comuns dos supervisores são de longe muito menos óbvios. Tais falhas, no entanto, podem custar caro, ainda mais em mercados de trabalho aquecidos como o brasileiro, onde há o crescimento da rotatividade nas empresas.

“A auto-estima e o moral dos profissionais são de extrema importância para o futuro de qualquer organização”, aponta Marcela Esteves, gerente de recrutamento da Robert Half. Muitos chefes se dedicam ao trabalho e esperam que seus subordinados sigam o exemplo. O problema começa quando há ruídos na comunicação, e na maioria das vezes, comportamentos abusivos ou agressivos entram em cena.

A declaração de que ‘pessoas não deixam seus empregos, mas sim seus gestores’, nunca foi tão verdadeira. Os supervisores precisam estabelecer relações tanto profissionais quanto sociais com seus subordinados. Isto não significa relações fora do ambiente de trabalho, mas sim criar um ambiente saudável de trabalho. Funcionários mais felizes trabalharão melhor.

Geralmente, péssimos chefes não se percebem dessa forma. Por isso, a Robert Half reuniu algumas orientações para uma abordagem mais positiva na relação entre chefias e subordinados:

Feedbacks Honestos

Os gestores devem avaliar como lidam com seus defeitos e falhas. Quando alguém aborda o chefe sobre uma tarefa cujo desempenho não está tão bom como esperado, é importante se certificar de dar ao profissional um tratamento de aprendizado e não de desaprovação

• Dê sua Palavra

Quando os chefes deixam de manter os funcionários a par do que acontece, na prática é como se eles dissessem que duvidam da capacidade de fazer uso criativo e produtivo da informação. Talvez não seja possível contar às equipes todos os detalhes dos próximos passos da empresa de imediato, mas é importante avaliar quais as informações podem ser transmitidas e em qual momento.

• Deixe Rolar

Ainda que seja muito bom acompanhar o progresso de dos colaboradores, quando o chefe coloca a mão na massa de forma excessiva nas tarefas de sua equipe significa que há uma minimização do papel de gestor. Atuar desta forma pode esgotar o moral, já que passará a impressão de que o chefe não acredita que sua equipe possa cumprir o trabalho a contento.

Sumiço em Ação

Os supervisores devem sempre encontrar tempo para interagir com a equipe regularmente e fazer com que eles saibam qual a forma de abordá-lo quando está ocupado ou quando está fora do escritório. Uma boa alternativa é nomear alguém que possa servir como ‘backup’ quando os funcionários precisam de conselhos durante períodos turbulentos.

Segundo Marcela, os gestores precisam estar confiantes e confortáveis com os seus papéis, delegando trabalho de forma clara e concisa. “Qualquer feedback crítico deve ser tratado como um aprendizado para os profissionais e não ser passado de forma dura e agressiva. Subordinados seguirão seus líderes, então gestores tem der ser enérgicos e entusiastas com os seus trabalhos”, diz. “Principalmente com o mercado aquecido, os gestores precisam ter certeza de que seus comportamentos não são as razões para que os funcionários olhem novas oportunidades”, alerta.